domingo, 27 de março de 2016

Aos meus queridos e queridas




Meus caros e caras,

Vocês devem ter percebido que na última semana não postei os trabalhos conforme havia combinado com vocês antes de entrar na greve. No entanto, nas reuniões que realizo com meus colegas de trabalho, chegamos ao entendimento conjunto de que, continuar postando trabalhos durante o período em que estamos em greve, poderia trazer posteriores problemas em relação à reposição, pois pretendemos repor todas as aulas. Como nossas decisões durante a greve são coletivas (pois somos um time, e como qualquer equipe, nossas decisões são tomadas coletivamente). Decidimos então que até o término da greve não seria conveniente colocar mais exercícios.

Aos que já fizeram os três trabalhos e me entregaram, já estão comigo e vou corrigi-los, aos que fizeram e não entregaram, guardem para me entregar, aos que não fizeram não deixem de fazer.

Gostaria de novamente contar com a contribuição de vocês, faço isto agora, para não termos problemas em relação à reposição.

No entanto, continuo aberto à qualquer questionamento sobre a matérias. Não deixem de estudar, pegar os livros (didáticos ou não).

Quem quiser pode tirar qualquer dúvida sobre a matéria, os estudos, através do e-mail: "sociologiamarioguimaraes@gmail.com".

Estou na torcida para que a greve termine o mais breve possível, no entanto, como vocês tem vistos nos jornai, o governo tem nos ameaçado e tentado nos vencer pelo cansaço. No entanto, como já conversamos, nossa luta não é apenas por salários, é por uma escola digna, pelo retorno dos porteiros, por uma escola melhor.

Vocês podem também acompar o andamento da greve no site

www.seperj.org.br



Um forte abraço a todos.

sexta-feira, 11 de março de 2016

1º ANO: TERCEIRA ATIVIDADE

* Meus caros e caras, segue abaixo a terceira atividade para vocês fazerem. É um pouco extensa mas vale  muito, leiam o texto, assistam os videos e respondam as questões.

* Na segunda feira (14/03/2016) estarei na escola com outros professores por volta das 10h, então quem quiser já pode me entregar os primeiros exercícios.

A luta e a greve continuam, mas elas valem à pena.

Abraços meus queridos!





Diversidade cultural e etnocentrismo

Percepção das diferenças culturais: o contato entre os europeus e americanos

    Vimos nas primeiras aulas que a sociologia busca compreender a vida social da qual todos nós fazemos parte.  Essa “vida social” é organizada na sociedade, na cultura de cada lugar, de cada povo. Se pararmos para percebermos, em cada lugar diferente as pessoas possuem um jeito específico de falar, de se tratarem, de se divertirem, etc, assim sendo, podemos dizer, que os cariocas tem um jeito de ser que é diferente dos paulistas, dos gaúchos, baianos, assim como os brasileiros são diferentes dos americanos, dos japoneses, esse conjunto de modos que as pessoas de um determinado lugar tem em comum podemos chamar de “Cultura”.

     A cultura de um povo é percebida com mais clareza quando nos confrontamos com outra diferente, assim percebemos melhor nossa cultura quando temos contato com outra diferente. Algo muito semelhante aconteceu quando no século XVI (anos 1500) os europeus chegaram à América teve inicio um grande “choque” cultural com o contato de duas culturas diferentes (dos indios americanos e dos europeus) e, por serem tão diferentes, chegavam a se perguntar se pertenciam à mesma espécie.

   Num primeiro momento houve um amplo debate (travado entre os Estados e a Igreja Católica – que à época possuía status e poder semelhante a um rei) , sobre se os indios eram humanos, tinham ou não alma, etc.  

   Neste momento, todas as civilização não europeias eram tidas como supostamente inferiores, como pré-culturas de semi selvagens. A civilização europeia era percebida como a mais desenvolvida,  a mais bem acabada, todas as demais culturas (como a dos indios) eram percebidas como atrasadas. Essa forma de pensar dos europeus, ajudou a criar o que hoje chamamos de Etnocentrismo”.

Etnocentrismo
Etnocentrismo é um conceito da Antropologia definido como a visão demonstrada por alguém que considera o seu grupo étnico ou cultura o centro de tudo, portanto, num plano mais importante que as outras culturas e sociedades. O termo é formado pela justaposição da palavra de origem grega "ethnos" que significa "nação, tribo ou pessoas que vivem juntas" e centrismo que indica o centro. Um indivíduo etnocêntrico considera as normas e valores da sua própria cultura melhores do que as das outras culturas. Isso pode representar um problema, porque frequentemente dá origem a preconceitos e ideias infundamentadas.

Uma visão etnocêntrica demonstra, por vezes, desconhecimento dos diferentes hábitos culturais, levando ao desrespeito, depreciação e intolerância por quem é diferente, originando em seus casos mais extremos, atitudes preconceituosas, radicais e xenófobas.
Este fenômeno universal pode atingir proporções drásticas, quando culturas tecnicamente mais frágeis entram em contato com culturas mais dominantes e avançadas.
Alguns exemplos de etnocentrismo estão relacionados ao vestuário. Um deles é o hábito indígena de vestir pouca ou nenhuma roupa; outro caso é o uso do kilt (uma típica saia) pelos escoceses. São duas situações que podem ser tratadas com alguma hostilidade ou estranheza por quem não pertence àquelas culturas

Etnocentrismo é uma visão do mundo onde o nosso próprio grupo é tomado como centro de tudo e todos os outros são pensados e sentidos através dos nossos valores, nossos modelos, nossas definições do que é a existência. No plano intelectual, pode ser visto como a dificuldade de pensarmos a diferença; no plano afetivo, como sentimentos de estranheza, medo, hostilidade, etc.

   Assim, podemos dizer que os europeus tiveram uma posição etnocêntrica em relação aos povos americanos. Mas o etnocentrismo não estava só no passado, ainda hoje é muito comum vermos pessoas com posturas etnocêntricas, que considerem sua cultura, seu modo de vida como o único digno de respeito, como se todas as outras formas culturais fossem melhores. Assim, quando nos julgamos melhores que outra pessoa porque ela é diferente de nós, ou tem outra religião, gosta de outro tipo de música, tem tatuagens, estamos tendo um comportamento  etnocêntrico. O etnocentrismo é ruim e deve ser controlado por nós pois é a partir de uma visão etnocêntrica que nasce a postura de preconceito, discriminação, racismo, homofobia e todas as outras formas de violência.
















1) Dê um exemplo de identidade cultural dos cariocas, que só nós temos e quando saímos do Rio de Janeiro é diferente:

2) Descreva com suas palavras como na Europa foi recebida a descoberta dos povos indígenas das Américas:

3) Descreva com suas palavras, o que é etnocentrismo? O que é ter uma postura etnocêntrica?

4) Por que o etnocentrismo deve sempre ser controlado ?








Bons estudos, 

Abraços, 

Thiago.

2º ANO: TERCEIRA ATIVIDADE



* Meus caros e caras, segue abaixo a terceira atividade para vocês fazerem. É um pouco extensa mas vale  muito, leiam o texto, assistam os videos e respondam as questões.

* Na segunda feira (14/03/2016) estarei na escola com outros professores por volta das 10h, então quem quiser já pode me entregar os primeiros exercícios.

A luta e a greve continuam, mas elas valem à pena.

Abraços meus queridos!





                                                       Cidadania e direitos humanos

   Temos visto nas últimas aulas que a cidadania nem sempre existiu e, onde passou a existir, isso só aconteceu depois de muita luta, muito esforço. Vimos também que a cidadania poderia se dividir em diferentes manifestações (formal, real) e que os direitos podem ser agrupados em direitos civis, políticos e sociais.

    E hoje? O que define um cidadão? Podemos dizer que cidadão é aquele que exerce seus direitos civis, políticos e sociais de forma efetiva. Percebe-se que o conceito de cidadania está em permanente construção, pois a humanidade está sempre em luta por mais direitos, maior liberdade e melhores garantias individuais e coletivas. Ser cidadão, portanto, significa ter consciência de ser sujeito de direitos. Direito à vida, à liberdade, à igualdade, enfim, direitos civis, políticos e sociais.

    A ideia de direitos corresponde a de deveres, uma vez que em uma coletividade os direitos de um indivíduo são condicionados ao cumprimento dos deveres dos demais componentes de uma sociedade. O cidadão tem de ser consciente de suas responsabilidades como integrante de um grande e complexo organismo que abrange coletividade, nação e Estado, cujo bom funcionamento depende de que todos deem sua parcela de contribuição. O Estado tem o dever de garantir os direitos humanos, protegendo-os contra violações, embora, em muitos casos, ele próprio as cometa, desrespeitando a constituição.


Direitos humanos

     Muitas vezes ouvimos no dia a dia as pessoas falarem de direitos humanos. Na televisão em geral quando se falam dos “direitos humanos” é para criticar supostos benefícios. Outros logo abrem a boca para explanar “direitos humanos para humanos direitos”, como se só alguns pudessem ser merecedores de tais direitos. Para sair do senso comum, vejamos um pouco de como e porquê surgiu a ideia de direitos humanos.
    A ideia de direitos humanos surgiu após a segunda guerra mundial, diante das barbaridades e dos efeitos destrutivos produzidos pelo conflito (como a morte não apenas de militares, mas de milhares de civis, pessoas inocentes que morreram, tiveram suas casas e famílias destruídas sem nem mesmo saber o porquê). A Declaração Universal dos Direitos Humanos foi aprovada em 10 de dezembro de 1948 pela ONU (Organização das Nações Unidas), criada em 1945 com o objetivo de proporcionar o diálogo e impedir conflitos entre países por questões econômicas, políticas ou culturais. A declaração teve por base os direitos essenciais à vida e à liberdade e o reconhecimento da pluralidade como meio de combater ações discriminatórias.

    Uma série de tratados internacionais de direitos humanos e outros instrumentos adotados desde 1945 expandiram a legislação internacional sobre os direitos humanos, eles incluem  a Convenção para a Repressão do Crime de Genocídio (1948), a Convenção sobre os Direitos da Criança (1989), a Convenção sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência (2006), entre outras.
     Os direitos humanos são valores universais e inegociáveis, que visam o respeito mútuo em detrimento dos privilégios restritos a determinados grupos, por isso não devem ser pensados como benefícios particulares ou privilégios de grupos elitizados. Como sabemos, a simples declaração de um direito não faz necessariamente com que ele seja implementado na prática, mas abre espaço para sua reivindicação. Uma das características básicas dos direitos humanos é o fato de estabelecerem que a injustiça e a desigualdade são intoleráveis.

    É preciso perceber que os indivíduos não são apenas beneficiados no processo histórico de afirmação dos direitos humanos mas também autores responsáveis pela construção e reivindicação da expansão e garantia desses direitos. Todas as conquistas relacionadas aos direitos humanos são resultado de processos históricos, fruto das mobilizações e demandas da sociedade.

   Assim, as lutas por igualdade e  liberdade ampliaram os direitos políticos e abriram espaços de reivindicação para a criação dos direitos sociais, os direitos das chamadas “minorias” – mulheres, idosos, negros, homossexuais, jovens, crianças, indios. As lutas populares por participação política ampliaram os direitos civis: direito de opor-se à ditadura, à censura, à tirania, direito de fiscalizar o Estado (os governantes) por meio de associações, sindicatos ou partidos políticos, direito à informações sobre as decisões governamentais. Esse cenário porém, não é a realidade de muitos países, onde ainda o acesso aos direitos humanos é nulo ou limitado, inclusive no Brasil, apesar dos avanços, os direitos humanos ainda são frequentemente desrespeitados diariamente, na violência contra a mulher, contra as populações indígenas, contra as crianças, etc.

(Sociologia em Movimento, p. 177 e 178).




                                                          A História dos Direitos Humanos





1) Segundo o texto, o que define um cidadão?

2) Segundo o texto, quando e  porquê surgiu a ideia de direitos humanos?

3) Cite pelo menos 3 exemplos de direitos que todos os humanos deveriam ter garantidos:

4) Cite pelo menos um exemplo direito humano universal que não é respeitado em nosso país, nosso estado e em nossa cidade:

5)Sobre a conquista dos direitos o texto afirma que “todas as conquistas relacionadas aos direitos humanos são resultado de processos históricos, fruto das mobilizações e demandas da sociedade”. Em sua opinião, o que isso significa na prática?










Bons estudos. 

Abraços !!!

3º ANO: TERCEIRA ATIVIDADE


* Meus caros e caras, segue abaixo a terceira atividade para vocês fazerem. É um pouco extensa mas vale  muito, leiam o texto, assistam os videos e respondam as questões.

* Na segunda feira (14/03/2016) estarei na escola com outros professores por volta das 10h, então quem quiser já pode me entregar os primeiros exercícios.

A luta e a greve continuam, mas elas valem à pena.

Abraços meus queridos!




Texto 1
O Debate sobre a globalização: um ponto de partida sociológico
    A globalização é um momento do sistema capitalista que pode ser entendido como um fenômeno de múltiplas dimensões – econômica, social, politica e cultural. O estudo da globalização vem sendo feito a partir da articulação dos conceitos utilizados para explicar a organização e as consequências do capitalismo. Trata-se, portanto, da análise de relações de poder, organização da produção e ideologias produzidas  em escala internacional, com consequências importantes para nossa experiência no mundo.
   Como todo debate que envolve diferentes agentes sociais com interesses conflitantes, a globalização também produz leituras divergentes sobre seu funcionamento atual e suas possibilidades futuras. O pensamento único procura estabelecer a globalização como um processo natural e benéfico na história da humanidade. A crítica a essa forma de análise pode ser dividida em duas posições, uma otimista e outra pessimista, em relação aos beneficios sociais e as outras possíveis consequências.
     Para o pensamento único, a globalização é um momento de realização do sonho de reduzir o mundo a uma única aldeia global. Nessa aldeia, a tecnologia permitiria a difusão imediata das notícias e manteria toda a população informada, ao mesmo tempo que tornaria as viagens cada vez mais rápidas, encurtando significativamente as distâncias. Tal mobilidade permitiria o funcionamento de um gigantesco mercado global capaz de tornar homogêneos os diferentes os diferentes locais do mundo e produzir, assim, uma identidade universal que serviria de fundamento para a instauração de uma verdadeira cidadania global.
    Essa visão idílica (sonhadora, utópica) da globalização é duramente criticada por especialistas nas Ciências Humanas, como o geógrafo baiano Milton Santos, que em sua crítica, procurou desmistificar o pensamento único. Para  fundamentar seu argumento, Santos partiu de evidências sociológicas sobre a distribuição da riqueza e do poder  que explicam as desigualdades sociais nos planos internacional e local, para então demonstrar o caráter ideológico de tal posição sobre o momento atual do capitalismo, ou seja, como essa visão do mundo como uma grande aldeia global, pregada pelo pensamento único, só funcionava para os ricos, o restante da população ficava de fora dessa “grande aldeia”.
   A velocidade com que as noticias circulam no mundo nem sempre se traduz em informação para as pessoas. O proclamado encurtamento das distâncias atende apenas aos que possuem condições financeiras de viajar, e o grande mercado global tem, cada vez mais, demarcado diferenças regionais e promovido o consumismo. Ignorância, pobreza, desemprego, incapacidade de exercer a cidadania, disputas étnicas e diferenças separatistas ainda são situações comuns no planeta.
    Entretanto, se a crítica à ideologia de uma globalização livre de problemas é pessimista, isso nos leva também a pensar sobre a possibilidade de ser estabelecida outra globalização. As bases técnicas que permitem que a globalização intensifique os aspectos negativos do capitalismo, evidenciados por desigualdades e violações dos direitos humanos. Tais consequências decorrem da forma como esses meios são empregados pela sociedade, eles poderiam portanto, ser utilizados para promover os ideais modernos de liberdade, igualdade e fraternidade no plano internacional.
     Há evidências no mundo globalizado que justificam essa posição otimista, pois em todo o mundo é possível reconhecer os potenciais democrático que um uso alternativo de capacidade tecnológica  e cultural da humanidade permitiria. Essas evidências podem ser percebidas nos seguintes fenômenos:
1º: A mistura crescente de povos, culturas e costumes  promove outra mistura, de filosofias e pensamentos, que lentamente acaba com a exclusividade do racionalismo europeu (o modo de pensar o mundo como apenas os países ricos europeus pensam, como se a África e Asia não existissem ) na construção das “verdades” do mundo.
2º : A aglomeração de pessoas em áreas menores intensifica essas trocas e a produção de ideias e de ações novas, o que foi chamado de sociodiversidade.
3º: A emergência da cultura popular, que se apropria dos meios de cultura de massa, imprime valor estético e cultural a um espaço antes ocupado pela lógica do mercado.
   Essas evidências apontariam para a sobrevivência e o revigoramento das relações locais, abrindo a possibilidade de usar os avanços tencnológicos a serviço da humanidade.
(Sociologia em movimento, pg. 286, 287 e 288).





Texto 2:

Por uma outra globalização – Milton Santos
   Além dos aspectos vistos sobre a globalização, vimos também em nossa segunda aula que o geógrafo brasileiro Milton Santos analisando o processo da globalização e seus impactos para o mundo atual, separou a globalização em três etapas, em três faces diferentes:
A globalização como Fábula - o mundo tal como nos fazem crer

      A globalização como fábula é imposta principalmente pelos meios de comunicação a todos que procura enfatizar o planeta em que vivemos como um amplo espaço e que podemos sim explorá-lo com o consumo. Como a padronização cultural, onde as pessoas são atraídas pelas mesmas coisas, mesmos hábitos, mesmos costumes e que ainda desfrutam de uma mesma rede que nós conhecemos como internet que fez com que nós ficamos presos numa gigante aldeia global, sem ter pra onde ir. Mas ao mesmo tempo nos dá uma importante noção de que o mundo está dentro da nossa casa, o capitalismo nos devorando e nós nem percebemos graças à globalização como fábula.
     Um descaso com o estado que aparentemente ficou distanciado das demandas sociais, pois ele o estado precisa se apequenar as grandes corporações que hoje detém o poder sobre o próprio estado. Percebemos que vivemos em um único mundo, um mundo voltado a atender as necessidades das grandes empresas, vivenciamos uma nova tendência mundial de mercado.


O mundo como ele realmente é – a globalização como perversidade

A globalização como uma fabrica de perversidades tais como: fome, desabrigo, AIDS, mortalidade infantil, analfabetismo, enfim gravíssimos problemas sociais, quase sem solução na globalização em que vivemos, infelizmente para a maior parte da humanidade, o desemprego crescente consequentemente a pobreza aumenta e a classe media perdem em qualidade de vida, novas enfermidades se instalam e as velhas doenças retornam com força total. A perversidade está na raiz desta evolução negativa da humanidade e estes processos estão diretamente ligados com a globalização.

           
O mundo como pode ser – uma outra globalização

            Podemos pensar na construção de um outro mundo, uma globalização que volte seus olhares a esses problemas citados, uma globalização que se engaje sistematicamente a todas as pessoas, ou seja, um processo globalizado mais humano. Que em vez de apoiar sempre o grande capital internacional que possam servir a outros interesses sociais e políticos e não apenas econômicos.
           
            Alguns são os fatores que poderiam colaborar pra isso: a miscigenação de povos, culturas, valores, gostos, credos em todos os quatro cantos do globo possibilitaria uma outra globalização, um outro discurso é possível, uma nova visão de mundo, devemos urgentemente reaprender a ver o mundo.



* Abaixo seguem algumas música que levam em consideração a temática da globalização em todas as suas dimensões. Procure escutar cada uma e ver em qual dos 3 tipos  de globalização citados no texto 2 elas se enquadram.


                                                     Carta aos missionários - Biquini Cavadão 


                                                                    Pela internet - Gilberto Gil


                                                             Alagados - Paralamas do sucesso


                                                                     Comida - Titãs



* A partir da leitura dos dois textos e das música, responda as questões abaixo:


1) Como o chamado “pensamento único” explica o que é o processo da globalização?

2) Segundo o texto 1, qual era a posição do geógrafo Milton Santos sobre o pensamento único? Favorável, contrário ou indiferente? Retire do texto um trecho que confirme sua resposta.

3) O texto 1 observa que, se por um lado os efeitos da globalização levaram ao aumento da exclusão e da desigualdade, por outro, as tecnologias poderiam ser usadas para promover uma globalização mais humana. Quais são as três evidências que justificam esta posição otimista sobre a globalização? Retire do texto essas três evidências.

4) A partir da leitura do texto 1, o que seria uma crítica otimista à globalização?

5) partir da leitura do texto 1, o que seria uma crítica pessimista à globalização?

6) Qual (ais) da(s) música (s) acima melhor exemplificam a ideia da globalização como fábula, caracterizada no texto 2?

7) Qual (ais) da(s) música (s) acima melhor exemplificam a ideia da globalização como ela realmente é, caracterizada no texto 2?

8) Qual (ais) da(s) música (s) acima melhor exemplificam a ideia da globalização como o mundo pode ser, caracterizada no texto 2?











Meus caros deixo como sugestão para quem quiser entender melhor o tema da globalização como um processo de violência dos países ricos sobre os mais pobres na visão do geógrafo brasileiro Milton Santos, o documentário O mundo global visto do lado de cá. Para os que puderem, será um ótimo exercício para o ENEM e para o desenvolvimento de sua própria visão crítica. 




Bons estudos.
Abraços !!!

sábado, 5 de março de 2016

1º ANO: SEGUNDA ATIVIDADE


Meus amigos amigas, segue abaixo o segundo trabalho para os alunos do primeiro ano. Não deixem de fazer. Abraços, Thiago.





Sociologia como superação do senso comum

   Como vimos na primeira aula, a Sociologia surgiu no século XIX buscando através de um exame científico, entender as mudanças que aconteciam na vida social das sociedades europeias. Sendo um “Ciência da sociedade”, a Sociologia, quando estuda alguma relação ou instituição social (como a escola, o futebol, a violência, etc.) como qualquer outra ciência precisa seguir regras, provar o que estuda, fugir de opiniões pessoais, analisando com a maior objetividade possível.
     No entanto antes de existir a sociologia (ou seja, um estudo cientifico sobre as relações sociais) os homens já especulavam e se perguntavam sobre suas vidas em sociedade, essas perguntas e respostas eram realizadas através de um outro tipo de conhecimento: o senso comum. O senso comum é um saber que está presente em todas as sociedades e em todos os indivíduos (todos são dotados de senso comum). O senso comum é um tipo de conhecimento que vem da sabedoria popular, que partilhado pelos integrantes de um grupo, é aquele tipo de conhecimento que adquirimos no dia a dia na experiência. Podemos dizer que algumas das características do senso comum são:

Caráter empírico – o senso comum é um saber que deriva diretamente da experiência quotidiana, não necessitando, por isso de uma elaboração racional dos dados recolhidos através dessa experiência.

Caráter acrítico – não necessitando de uma elaboração racional, o senso comum não procede a uma crítica dos seus elementos, é um conhecimento passivo, em que o indivíduo não se interroga sobre os dados da experiência, nem se preocupa com a possibilidade de existirem erros no seu conhecimento da realidade.

Caráter aparente ou ilusório – Como não há a preocupação de procurar erros, o senso comum é um conhecimento que se contenta com as aparências, formando por isso, uma representação ilusória, deturpada e falsa, da realidade.

Caráter coletivo – O senso comum é um saber partilhado pelos membros de uma comunidade, permitindo que os indivíduos possam cooperar nas tarefas essenciais à vida social.

Caráter subjetivo – O senso comum é subjetivo, porque não é objetivo: cada indivíduo vê o mundo à sua maneira, formando as suas opiniões, sem a preocupação de as testar ou de as fundamentar num exame isento e crítico da realidade.

Caráter superficial – O senso comum não aprofunda o seu conhecimento da realidade, fica-se pela superfície, não procurando descobrir as causas dos acontecimentos, ou seja, a sua razão de ser que, por sua vez, permitiria explicá-los racionalmente.

O senso comum pode ser encontrado nas expressões populares que não há autoria nem certeza sobre sua verdade como por exemplo: “filho de peixe, peixinho é”, “pau que nasce torto, morre torto”, etc.

Então, podemos dizer que a Sociologia surgiu como uma forma de analisar a sociedade diferente do senso comum, que questionasse algumas ideias presentes no senso comum.



* A música abaixo “Zé ninguém”, da banda Biquini cavadão, mostra como muitas vezes as expressões populares que ouvimos, carregadas de ideias do senso comum, não podem ser levadas tão à sério pois muitas vezes nos impedem de perceber como muitas são até falsas.


                                                         Zé ninguém - Biquini Cavadão




Após ler o texto e escutar a música e responda as questões abaixo:

1) Descreva uma característica do estudo científico:

2) Escolha uma das características do senso comum listadas no texto e comente sobre um exemplo prático dele que você já viu ou ouviu falar:

3) Retire da música “Zé Ninguém”, 5 exemplo de expressões do senso comum:

4) Escolha dentre os exemplos de senso comum elencados na música, um que você concorda e um que você discorda, justificando.







                                                                                                                           Bons estudos !