domingo, 27 de março de 2016
Aos meus queridos e queridas
Meus caros e caras,
Vocês devem ter percebido que na última semana não postei os trabalhos conforme havia combinado com vocês antes de entrar na greve. No entanto, nas reuniões que realizo com meus colegas de trabalho, chegamos ao entendimento conjunto de que, continuar postando trabalhos durante o período em que estamos em greve, poderia trazer posteriores problemas em relação à reposição, pois pretendemos repor todas as aulas. Como nossas decisões durante a greve são coletivas (pois somos um time, e como qualquer equipe, nossas decisões são tomadas coletivamente). Decidimos então que até o término da greve não seria conveniente colocar mais exercícios.
Aos que já fizeram os três trabalhos e me entregaram, já estão comigo e vou corrigi-los, aos que fizeram e não entregaram, guardem para me entregar, aos que não fizeram não deixem de fazer.
Gostaria de novamente contar com a contribuição de vocês, faço isto agora, para não termos problemas em relação à reposição.
No entanto, continuo aberto à qualquer questionamento sobre a matérias. Não deixem de estudar, pegar os livros (didáticos ou não).
Quem quiser pode tirar qualquer dúvida sobre a matéria, os estudos, através do e-mail: "sociologiamarioguimaraes@gmail.com".
Estou na torcida para que a greve termine o mais breve possível, no entanto, como vocês tem vistos nos jornai, o governo tem nos ameaçado e tentado nos vencer pelo cansaço. No entanto, como já conversamos, nossa luta não é apenas por salários, é por uma escola digna, pelo retorno dos porteiros, por uma escola melhor.
Vocês podem também acompar o andamento da greve no site
www.seperj.org.br
Um forte abraço a todos.
sexta-feira, 11 de março de 2016
1º ANO: TERCEIRA ATIVIDADE
* Meus caros e caras, segue abaixo a terceira atividade para vocês fazerem. É um pouco extensa mas vale muito, leiam o texto, assistam os videos e respondam as questões.
* Na segunda feira (14/03/2016) estarei na escola com outros professores por volta das 10h, então quem quiser já pode me entregar os primeiros exercícios.
A luta e a greve continuam, mas elas valem à pena.
Abraços meus queridos!
* Na segunda feira (14/03/2016) estarei na escola com outros professores por volta das 10h, então quem quiser já pode me entregar os primeiros exercícios.
A luta e a greve continuam, mas elas valem à pena.
Abraços meus queridos!
Diversidade
cultural e etnocentrismo
Percepção
das diferenças culturais: o contato entre os europeus e americanos
Vimos nas primeiras aulas que a sociologia
busca compreender a vida social da qual todos nós fazemos parte. Essa “vida social” é organizada na sociedade,
na cultura de cada lugar, de cada povo. Se pararmos para percebermos, em cada
lugar diferente as pessoas possuem um jeito específico de falar, de se
tratarem, de se divertirem, etc, assim sendo, podemos dizer, que os cariocas
tem um jeito de ser que é diferente dos paulistas, dos gaúchos, baianos, assim
como os brasileiros são diferentes dos americanos, dos japoneses, esse conjunto
de modos que as pessoas de um determinado lugar tem em comum podemos chamar de “Cultura”.
A cultura de um povo é percebida com mais
clareza quando nos confrontamos com outra diferente, assim percebemos melhor
nossa cultura quando temos contato com outra diferente. Algo muito semelhante
aconteceu quando no século XVI (anos 1500) os europeus chegaram à América teve
inicio um grande “choque” cultural com o contato de duas culturas diferentes (dos
indios americanos e dos europeus) e, por serem tão diferentes, chegavam a se
perguntar se pertenciam à mesma espécie.
Num primeiro momento houve um amplo debate
(travado entre os Estados e a Igreja Católica – que à época possuía status e
poder semelhante a um rei) , sobre se os indios eram humanos, tinham ou não
alma, etc.
Neste momento, todas as civilização não
europeias eram tidas como supostamente inferiores, como pré-culturas de semi
selvagens. A civilização europeia era percebida como a mais desenvolvida, a mais bem acabada, todas as demais culturas
(como a dos indios) eram percebidas como atrasadas. Essa forma de pensar dos
europeus, ajudou a criar o que hoje chamamos de Etnocentrismo”.
Etnocentrismo
Etnocentrismo é um conceito da Antropologia definido
como a visão demonstrada por alguém que considera o seu grupo étnico ou cultura o centro de tudo,
portanto, num plano mais importante que as outras culturas e sociedades. O termo é formado pela justaposição da palavra de origem grega "ethnos" que significa "nação, tribo ou pessoas
que vivem juntas" e centrismo que indica o centro. Um indivíduo etnocêntrico considera as normas e valores da sua
própria cultura melhores do que as das outras culturas. Isso pode representar
um problema, porque frequentemente dá origem a preconceitos e ideias
infundamentadas.
Uma visão etnocêntrica demonstra, por vezes, desconhecimento dos
diferentes hábitos culturais, levando ao desrespeito, depreciação e
intolerância por quem é diferente, originando em seus casos mais extremos,
atitudes preconceituosas, radicais e xenófobas.
Este fenômeno universal pode atingir proporções drásticas,
quando culturas tecnicamente mais frágeis entram em contato com culturas mais
dominantes e avançadas.
Alguns
exemplos de etnocentrismo estão relacionados ao vestuário. Um deles é o hábito
indígena de vestir pouca ou nenhuma roupa; outro caso é o uso do kilt (uma típica saia) pelos escoceses. São
duas situações que podem ser tratadas com alguma hostilidade ou estranheza por
quem não pertence àquelas culturas
Etnocentrismo é uma visão do mundo onde o nosso próprio grupo
é tomado como centro de tudo e todos os outros são pensados e sentidos através
dos nossos valores, nossos modelos, nossas definições do que é a existência. No plano intelectual, pode ser visto como a
dificuldade de pensarmos a diferença; no plano afetivo, como sentimentos de
estranheza, medo, hostilidade, etc.
Assim, podemos dizer
que os europeus tiveram uma posição etnocêntrica em relação aos povos
americanos. Mas o etnocentrismo não estava só no passado, ainda hoje é muito
comum vermos pessoas com posturas etnocêntricas, que considerem sua cultura,
seu modo de vida como o único digno de respeito, como se todas as outras formas
culturais fossem melhores. Assim, quando nos julgamos melhores que outra pessoa
porque ela é diferente de nós, ou tem outra religião, gosta de outro tipo de
música, tem tatuagens, estamos tendo um comportamento etnocêntrico. O
etnocentrismo é ruim e deve ser controlado por nós pois é a partir de uma visão
etnocêntrica que nasce a postura de preconceito, discriminação, racismo,
homofobia e todas as outras formas de violência.
1) Dê um exemplo
de identidade cultural dos cariocas, que só nós temos e quando saímos do Rio de
Janeiro é diferente:
2) Descreva
com suas palavras como na Europa foi recebida a descoberta dos povos indígenas
das Américas:
3) Descreva
com suas palavras, o que é etnocentrismo? O que é ter uma postura etnocêntrica?
4) Por que o
etnocentrismo deve sempre ser controlado ?
Bons estudos,
Abraços,
Thiago.
2º ANO: TERCEIRA ATIVIDADE
* Meus caros e caras, segue abaixo a terceira atividade para vocês fazerem. É um pouco extensa mas vale muito, leiam o texto, assistam os videos e respondam as questões.
* Na segunda feira (14/03/2016) estarei na escola com outros professores por volta das 10h, então quem quiser já pode me entregar os primeiros exercícios.
A luta e a greve continuam, mas elas valem à pena.
Abraços meus queridos!
Cidadania e
direitos humanos
Temos visto nas últimas aulas que a cidadania nem sempre existiu e, onde
passou a existir, isso só aconteceu depois de muita luta, muito esforço. Vimos
também que a cidadania poderia se dividir em diferentes manifestações (formal,
real) e que os direitos podem ser agrupados em direitos civis, políticos e
sociais.
E
hoje? O que define um cidadão? Podemos dizer que cidadão é aquele que exerce
seus direitos civis, políticos e sociais de forma efetiva. Percebe-se que o
conceito de cidadania está em permanente construção, pois a humanidade está
sempre em luta por mais direitos, maior liberdade e melhores garantias
individuais e coletivas. Ser cidadão, portanto, significa ter consciência de
ser sujeito de direitos. Direito à vida, à liberdade, à igualdade, enfim,
direitos civis, políticos e sociais.
A
ideia de direitos corresponde a de deveres, uma vez que em uma coletividade os
direitos de um indivíduo são condicionados ao cumprimento dos deveres dos
demais componentes de uma sociedade. O cidadão tem de ser consciente de suas
responsabilidades como integrante de um grande e complexo organismo que abrange
coletividade, nação e Estado, cujo bom funcionamento depende de que todos deem
sua parcela de contribuição. O Estado tem o dever de garantir os direitos
humanos, protegendo-os contra violações, embora, em muitos casos, ele próprio
as cometa, desrespeitando a constituição.
Direitos
humanos
Muitas vezes ouvimos no dia a dia as pessoas falarem de direitos
humanos. Na televisão em geral quando se falam dos “direitos humanos” é para
criticar supostos benefícios. Outros logo abrem a boca para explanar “direitos
humanos para humanos direitos”, como se só alguns pudessem ser merecedores de
tais direitos. Para sair do senso comum, vejamos um pouco de como e porquê
surgiu a ideia de direitos humanos.
A
ideia de direitos humanos surgiu após a segunda guerra mundial, diante das
barbaridades e dos efeitos destrutivos produzidos pelo conflito (como a morte
não apenas de militares, mas de milhares de civis, pessoas inocentes que
morreram, tiveram suas casas e famílias destruídas sem nem mesmo saber o
porquê). A Declaração Universal dos Direitos Humanos foi aprovada em 10 de
dezembro de 1948 pela ONU (Organização das Nações Unidas), criada em 1945 com o
objetivo de proporcionar o diálogo e impedir conflitos entre países por
questões econômicas, políticas ou culturais. A declaração teve por base os
direitos essenciais à vida e à liberdade e o reconhecimento da pluralidade como
meio de combater ações discriminatórias.
Uma
série de tratados internacionais de direitos humanos e outros instrumentos
adotados desde 1945 expandiram a legislação internacional sobre os direitos
humanos, eles incluem a Convenção para a
Repressão do Crime de Genocídio (1948), a Convenção sobre os Direitos da
Criança (1989), a Convenção sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência (2006),
entre outras.
Os
direitos humanos são valores universais e inegociáveis, que visam o respeito
mútuo em detrimento dos privilégios restritos a determinados grupos, por isso
não devem ser pensados como benefícios particulares ou privilégios de grupos
elitizados. Como sabemos, a simples declaração de um direito não faz
necessariamente com que ele seja implementado na prática, mas abre espaço para
sua reivindicação. Uma das características básicas dos direitos humanos é o
fato de estabelecerem que a injustiça e a desigualdade são intoleráveis.
É
preciso perceber que os indivíduos não são apenas beneficiados no processo
histórico de afirmação dos direitos humanos mas também autores responsáveis pela
construção e reivindicação da expansão e garantia desses direitos. Todas as
conquistas relacionadas aos direitos humanos são resultado de processos
históricos, fruto das mobilizações e demandas da sociedade.
Assim, as lutas por igualdade e
liberdade ampliaram os direitos políticos e abriram espaços de
reivindicação para a criação dos direitos sociais, os direitos das chamadas
“minorias” – mulheres, idosos, negros, homossexuais, jovens, crianças, indios.
As lutas populares por participação política ampliaram os direitos civis:
direito de opor-se à ditadura, à censura, à tirania, direito de fiscalizar o
Estado (os governantes) por meio de associações, sindicatos ou partidos
políticos, direito à informações sobre as decisões governamentais. Esse cenário
porém, não é a realidade de muitos países, onde ainda o acesso aos direitos
humanos é nulo ou limitado, inclusive no Brasil, apesar dos avanços, os
direitos humanos ainda são frequentemente desrespeitados diariamente, na
violência contra a mulher, contra as populações indígenas, contra as crianças,
etc.
(Sociologia em Movimento, p. 177
e 178).
A História dos Direitos Humanos
1) Segundo o texto, o que define um cidadão?
2) Segundo o texto, quando e porquê surgiu a ideia de direitos humanos?
3) Cite pelo menos 3 exemplos de direitos que
todos os humanos deveriam ter garantidos:
4) Cite pelo menos um exemplo direito humano
universal que não é respeitado em nosso país, nosso estado e em nossa cidade:
5)Sobre a conquista dos direitos o texto
afirma que “todas as conquistas relacionadas aos direitos humanos são resultado
de processos históricos, fruto das mobilizações e demandas da sociedade”. Em
sua opinião, o que isso significa na prática?
Bons estudos.
Abraços !!!
3º ANO: TERCEIRA ATIVIDADE
* Meus caros e caras, segue abaixo a terceira atividade para vocês fazerem. É um pouco extensa mas vale muito, leiam o texto, assistam os videos e respondam as questões.
* Na segunda feira (14/03/2016) estarei na escola com outros professores por volta das 10h, então quem quiser já pode me entregar os primeiros exercícios.
A luta e a greve continuam, mas elas valem à pena.
Abraços meus queridos!
Texto 1
O Debate sobre a globalização: um ponto de partida sociológico
A globalização é um momento do sistema
capitalista que pode ser entendido como um fenômeno de múltiplas dimensões –
econômica, social, politica e cultural. O estudo da globalização vem sendo
feito a partir da articulação dos conceitos utilizados para explicar a
organização e as consequências do capitalismo. Trata-se, portanto, da análise
de relações de poder, organização da produção e ideologias produzidas em escala internacional, com consequências
importantes para nossa experiência no mundo.
Como todo debate que envolve diferentes
agentes sociais com interesses conflitantes, a globalização também produz
leituras divergentes sobre seu funcionamento atual e suas possibilidades
futuras. O pensamento único procura estabelecer a globalização como um
processo natural e benéfico na história da humanidade. A crítica a essa forma
de análise pode ser dividida em duas posições, uma otimista e outra pessimista,
em relação aos beneficios sociais e as outras possíveis consequências.
Para o pensamento único, a globalização é
um momento de realização do sonho de reduzir o mundo a uma única aldeia global.
Nessa aldeia, a tecnologia permitiria a difusão imediata das notícias e
manteria toda a população informada, ao mesmo tempo que tornaria as viagens
cada vez mais rápidas, encurtando significativamente as distâncias. Tal
mobilidade permitiria o funcionamento de um gigantesco mercado global capaz de
tornar homogêneos os diferentes os diferentes locais do mundo e produzir,
assim, uma identidade universal que serviria de fundamento para a instauração
de uma verdadeira cidadania global.
Essa visão idílica (sonhadora, utópica) da
globalização é duramente criticada por especialistas nas Ciências Humanas, como
o geógrafo baiano Milton Santos, que em sua crítica, procurou desmistificar o
pensamento único. Para fundamentar seu
argumento, Santos partiu de evidências sociológicas sobre a distribuição da
riqueza e do poder que explicam as
desigualdades sociais nos planos internacional e local, para então demonstrar o
caráter ideológico de tal posição sobre o momento atual do capitalismo, ou
seja, como essa visão do mundo como uma grande aldeia global, pregada pelo
pensamento único, só funcionava para os ricos, o restante da população ficava
de fora dessa “grande aldeia”.
A velocidade com que as noticias circulam no
mundo nem sempre se traduz em informação para as pessoas. O proclamado
encurtamento das distâncias atende apenas aos que possuem condições financeiras
de viajar, e o grande mercado global tem, cada vez mais, demarcado diferenças
regionais e promovido o consumismo. Ignorância, pobreza, desemprego,
incapacidade de exercer a cidadania, disputas étnicas e diferenças
separatistas ainda são situações comuns no planeta.
Entretanto, se a crítica à ideologia de uma
globalização livre de problemas é pessimista, isso nos leva também a pensar
sobre a possibilidade de ser estabelecida outra globalização. As bases técnicas
que permitem que a globalização intensifique os aspectos negativos do
capitalismo, evidenciados por desigualdades e violações dos direitos humanos.
Tais consequências decorrem da forma como esses meios são empregados pela
sociedade, eles poderiam portanto, ser utilizados para promover os ideais
modernos de liberdade, igualdade e fraternidade no plano internacional.
Há evidências no mundo globalizado que
justificam essa posição otimista, pois em todo o mundo é possível reconhecer os
potenciais democrático que um uso alternativo de capacidade tecnológica e cultural da humanidade permitiria. Essas evidências
podem ser percebidas nos seguintes fenômenos:
1º: A
mistura crescente de povos, culturas e costumes
promove outra mistura, de filosofias e pensamentos, que lentamente acaba
com a exclusividade do racionalismo europeu (o modo de pensar o mundo como
apenas os países ricos europeus pensam, como se a África e Asia não existissem
) na construção das “verdades” do mundo.
2º : A
aglomeração de pessoas em áreas menores intensifica essas trocas e a produção
de ideias e de ações novas, o que foi chamado de sociodiversidade.
3º: A
emergência da cultura popular, que se apropria dos meios de cultura de massa,
imprime valor estético e cultural a um espaço antes ocupado pela lógica do
mercado.
Essas evidências apontariam para a
sobrevivência e o revigoramento das relações locais, abrindo a possibilidade de
usar os avanços tencnológicos a serviço da humanidade.
(Sociologia
em movimento, pg. 286, 287 e 288).
Texto 2:
Por uma outra globalização – Milton Santos
Além dos aspectos vistos sobre a
globalização, vimos também em nossa segunda aula que o geógrafo brasileiro
Milton Santos analisando o processo da globalização e seus impactos para o
mundo atual, separou a globalização em três etapas, em três faces diferentes:
A
globalização como Fábula - o mundo tal como nos fazem crer
A globalização como fábula é imposta principalmente pelos meios de comunicação
a todos que procura enfatizar o planeta em que vivemos como um amplo espaço e
que podemos sim explorá-lo com o consumo. Como a padronização cultural, onde as
pessoas são atraídas pelas mesmas coisas, mesmos hábitos, mesmos costumes e que
ainda desfrutam de uma mesma rede que nós conhecemos como internet que fez com
que nós ficamos presos numa gigante aldeia global, sem ter pra onde ir. Mas ao
mesmo tempo nos dá uma importante noção de que o mundo está dentro da nossa
casa, o capitalismo nos devorando e nós nem percebemos graças à globalização
como fábula.
Um descaso com o estado que aparentemente ficou
distanciado das demandas sociais, pois ele o estado precisa se apequenar as grandes
corporações que hoje detém o poder sobre o próprio estado. Percebemos que
vivemos em um único mundo, um mundo voltado a atender as necessidades das
grandes empresas, vivenciamos uma nova tendência mundial de mercado.
O mundo
como ele realmente é – a globalização como perversidade
A globalização como uma fabrica de perversidades
tais como: fome, desabrigo, AIDS, mortalidade infantil, analfabetismo, enfim
gravíssimos problemas sociais, quase sem solução na globalização em que
vivemos, infelizmente para a maior parte da humanidade, o desemprego crescente
consequentemente a pobreza aumenta e a classe media perdem em qualidade de
vida, novas enfermidades se instalam e as velhas doenças retornam com força
total. A perversidade está na raiz desta evolução negativa da humanidade e
estes processos estão diretamente ligados com a globalização.
O mundo
como pode ser – uma outra globalização
Podemos pensar na construção de um outro mundo, uma
globalização que volte seus olhares a esses problemas citados, uma globalização
que se engaje sistematicamente a todas as pessoas, ou seja, um processo
globalizado mais humano. Que em vez de apoiar sempre o grande capital
internacional que possam servir a outros interesses sociais e políticos e não
apenas econômicos.
Alguns são os fatores que poderiam colaborar pra isso: a miscigenação de povos,
culturas, valores, gostos, credos em todos os quatro cantos do globo
possibilitaria uma outra globalização, um outro discurso é possível, uma nova
visão de mundo, devemos urgentemente reaprender a ver o mundo.
* Abaixo seguem algumas música que levam em consideração a temática da globalização em todas as suas dimensões. Procure escutar cada uma e ver em qual dos 3 tipos de globalização citados no texto 2 elas se enquadram.
Carta aos missionários - Biquini Cavadão
Pela internet - Gilberto Gil
Alagados - Paralamas do sucesso
Comida - Titãs
* A partir
da leitura dos dois textos e das música, responda as questões abaixo:
1) Como o
chamado “pensamento único” explica o que é o processo da globalização?
2) Segundo
o texto 1, qual era a posição do geógrafo Milton Santos sobre o pensamento
único? Favorável, contrário ou indiferente? Retire do texto um trecho que
confirme sua resposta.
3) O texto
1 observa que, se por um lado os efeitos da globalização levaram ao aumento da
exclusão e da desigualdade, por outro, as tecnologias poderiam ser usadas para
promover uma globalização mais humana. Quais são as três evidências que justificam
esta posição otimista sobre a globalização? Retire do texto essas três
evidências.
4) A
partir da leitura do texto 1, o que seria uma crítica otimista à globalização?
5) partir
da leitura do texto 1, o que seria uma crítica pessimista à globalização?
6) Qual
(ais) da(s) música (s) acima melhor exemplificam a ideia da globalização como
fábula, caracterizada no texto 2?
7) Qual
(ais) da(s) música (s) acima melhor exemplificam a ideia da globalização como
ela realmente é, caracterizada no texto 2?
8) Qual
(ais) da(s) música (s) acima melhor exemplificam a ideia da globalização como o
mundo pode ser, caracterizada no texto 2?
Meus caros deixo como sugestão para quem quiser entender melhor o tema da globalização como um processo de violência dos países ricos sobre os mais pobres na visão do geógrafo brasileiro Milton Santos, o documentário O mundo global visto do lado de cá. Para os que puderem, será um ótimo exercício para o ENEM e para o desenvolvimento de sua própria visão crítica.
Bons estudos.
Abraços !!!
sábado, 5 de março de 2016
1º ANO: SEGUNDA ATIVIDADE
Meus amigos amigas, segue abaixo o segundo trabalho para os alunos do primeiro ano. Não deixem de fazer. Abraços, Thiago.
Sociologia
como superação do senso comum
Como vimos na primeira aula, a Sociologia
surgiu no século XIX buscando através de um exame científico, entender as
mudanças que aconteciam na vida social das sociedades europeias. Sendo um
“Ciência da sociedade”, a Sociologia, quando estuda alguma relação ou
instituição social (como a escola, o futebol, a violência, etc.) como qualquer
outra ciência precisa seguir regras, provar o que estuda, fugir de opiniões
pessoais, analisando com a maior objetividade possível.
No
entanto antes de existir a sociologia (ou seja, um estudo cientifico sobre as
relações sociais) os homens já especulavam e se perguntavam sobre suas vidas em
sociedade, essas perguntas e respostas eram realizadas através de um outro tipo
de conhecimento: o senso comum. O senso comum é um saber que está presente em todas as
sociedades e em todos os indivíduos (todos são dotados de senso comum). O senso
comum é um tipo de conhecimento que vem da sabedoria popular, que partilhado
pelos integrantes de um grupo, é aquele tipo de conhecimento que adquirimos no
dia a dia na experiência. Podemos dizer que algumas das características do senso comum são:
Caráter
empírico – o senso comum é um saber que deriva
diretamente da experiência quotidiana, não necessitando, por isso de uma
elaboração racional dos dados recolhidos através dessa experiência.
Caráter
acrítico – não necessitando de uma elaboração racional, o
senso comum não procede a uma crítica dos seus elementos, é um
conhecimento passivo, em que o indivíduo não se interroga sobre os
dados da experiência, nem se preocupa com a possibilidade de existirem erros no
seu conhecimento da realidade.
Caráter
aparente ou ilusório – Como não há a preocupação de procurar
erros, o senso comum é um conhecimento que se contenta com as aparências,
formando por isso, uma representação ilusória, deturpada e falsa, da realidade.
Caráter
coletivo – O senso comum é um saber partilhado pelos membros
de uma comunidade, permitindo que os indivíduos possam cooperar nas tarefas
essenciais à vida social.
Caráter
subjetivo – O senso comum é subjetivo, porque não é
objetivo: cada indivíduo vê o mundo à sua maneira, formando as suas opiniões,
sem a preocupação de as testar ou de as fundamentar num exame isento e crítico
da realidade.
Caráter
superficial – O senso comum não aprofunda o seu conhecimento da
realidade, fica-se pela superfície, não procurando descobrir as causas dos
acontecimentos, ou seja, a sua razão de ser que, por sua vez, permitiria
explicá-los racionalmente.
O senso
comum pode ser encontrado nas expressões populares que não há autoria nem
certeza sobre sua verdade como por exemplo: “filho de peixe, peixinho é”, “pau
que nasce torto, morre torto”, etc.
Então,
podemos dizer que a Sociologia surgiu como uma forma de analisar a sociedade
diferente do senso comum, que questionasse algumas ideias presentes no senso
comum.
* A música abaixo “Zé ninguém”, da
banda Biquini cavadão, mostra como muitas vezes as expressões populares que
ouvimos, carregadas de ideias do senso comum, não podem ser levadas tão à sério
pois muitas vezes nos impedem de perceber como muitas são até falsas.
Zé ninguém - Biquini Cavadão
Após ler o
texto e escutar a música e responda as questões abaixo:
1) Descreva
uma característica do estudo científico:
2) Escolha
uma das características do senso comum listadas no texto e comente sobre um
exemplo prático dele que você já viu ou ouviu falar:
3) Retire da
música “Zé Ninguém”, 5 exemplo de expressões do senso comum:
4) Escolha
dentre os exemplos de senso comum elencados na música, um que você concorda e
um que você discorda, justificando.
Bons estudos !
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