Meus amigos amigas, segue abaixo o segundo trabalho para os alunos do primeiro ano. Não deixem de fazer. Abraços, Thiago.
Sociologia
como superação do senso comum
Como vimos na primeira aula, a Sociologia
surgiu no século XIX buscando através de um exame científico, entender as
mudanças que aconteciam na vida social das sociedades europeias. Sendo um
“Ciência da sociedade”, a Sociologia, quando estuda alguma relação ou
instituição social (como a escola, o futebol, a violência, etc.) como qualquer
outra ciência precisa seguir regras, provar o que estuda, fugir de opiniões
pessoais, analisando com a maior objetividade possível.
No
entanto antes de existir a sociologia (ou seja, um estudo cientifico sobre as
relações sociais) os homens já especulavam e se perguntavam sobre suas vidas em
sociedade, essas perguntas e respostas eram realizadas através de um outro tipo
de conhecimento: o senso comum. O senso comum é um saber que está presente em todas as
sociedades e em todos os indivíduos (todos são dotados de senso comum). O senso
comum é um tipo de conhecimento que vem da sabedoria popular, que partilhado
pelos integrantes de um grupo, é aquele tipo de conhecimento que adquirimos no
dia a dia na experiência. Podemos dizer que algumas das características do senso comum são:
Caráter
empírico – o senso comum é um saber que deriva
diretamente da experiência quotidiana, não necessitando, por isso de uma
elaboração racional dos dados recolhidos através dessa experiência.
Caráter
acrítico – não necessitando de uma elaboração racional, o
senso comum não procede a uma crítica dos seus elementos, é um
conhecimento passivo, em que o indivíduo não se interroga sobre os
dados da experiência, nem se preocupa com a possibilidade de existirem erros no
seu conhecimento da realidade.
Caráter
aparente ou ilusório – Como não há a preocupação de procurar
erros, o senso comum é um conhecimento que se contenta com as aparências,
formando por isso, uma representação ilusória, deturpada e falsa, da realidade.
Caráter
coletivo – O senso comum é um saber partilhado pelos membros
de uma comunidade, permitindo que os indivíduos possam cooperar nas tarefas
essenciais à vida social.
Caráter
subjetivo – O senso comum é subjetivo, porque não é
objetivo: cada indivíduo vê o mundo à sua maneira, formando as suas opiniões,
sem a preocupação de as testar ou de as fundamentar num exame isento e crítico
da realidade.
Caráter
superficial – O senso comum não aprofunda o seu conhecimento da
realidade, fica-se pela superfície, não procurando descobrir as causas dos
acontecimentos, ou seja, a sua razão de ser que, por sua vez, permitiria
explicá-los racionalmente.
O senso
comum pode ser encontrado nas expressões populares que não há autoria nem
certeza sobre sua verdade como por exemplo: “filho de peixe, peixinho é”, “pau
que nasce torto, morre torto”, etc.
Então,
podemos dizer que a Sociologia surgiu como uma forma de analisar a sociedade
diferente do senso comum, que questionasse algumas ideias presentes no senso
comum.
* A música abaixo “Zé ninguém”, da
banda Biquini cavadão, mostra como muitas vezes as expressões populares que
ouvimos, carregadas de ideias do senso comum, não podem ser levadas tão à sério
pois muitas vezes nos impedem de perceber como muitas são até falsas.
Zé ninguém - Biquini Cavadão
Após ler o
texto e escutar a música e responda as questões abaixo:
1) Descreva
uma característica do estudo científico:
2) Escolha
uma das características do senso comum listadas no texto e comente sobre um
exemplo prático dele que você já viu ou ouviu falar:
3) Retire da
música “Zé Ninguém”, 5 exemplo de expressões do senso comum:
4) Escolha
dentre os exemplos de senso comum elencados na música, um que você concorda e
um que você discorda, justificando.
Bons estudos !
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