sexta-feira, 11 de março de 2016

2º ANO: TERCEIRA ATIVIDADE



* Meus caros e caras, segue abaixo a terceira atividade para vocês fazerem. É um pouco extensa mas vale  muito, leiam o texto, assistam os videos e respondam as questões.

* Na segunda feira (14/03/2016) estarei na escola com outros professores por volta das 10h, então quem quiser já pode me entregar os primeiros exercícios.

A luta e a greve continuam, mas elas valem à pena.

Abraços meus queridos!





                                                       Cidadania e direitos humanos

   Temos visto nas últimas aulas que a cidadania nem sempre existiu e, onde passou a existir, isso só aconteceu depois de muita luta, muito esforço. Vimos também que a cidadania poderia se dividir em diferentes manifestações (formal, real) e que os direitos podem ser agrupados em direitos civis, políticos e sociais.

    E hoje? O que define um cidadão? Podemos dizer que cidadão é aquele que exerce seus direitos civis, políticos e sociais de forma efetiva. Percebe-se que o conceito de cidadania está em permanente construção, pois a humanidade está sempre em luta por mais direitos, maior liberdade e melhores garantias individuais e coletivas. Ser cidadão, portanto, significa ter consciência de ser sujeito de direitos. Direito à vida, à liberdade, à igualdade, enfim, direitos civis, políticos e sociais.

    A ideia de direitos corresponde a de deveres, uma vez que em uma coletividade os direitos de um indivíduo são condicionados ao cumprimento dos deveres dos demais componentes de uma sociedade. O cidadão tem de ser consciente de suas responsabilidades como integrante de um grande e complexo organismo que abrange coletividade, nação e Estado, cujo bom funcionamento depende de que todos deem sua parcela de contribuição. O Estado tem o dever de garantir os direitos humanos, protegendo-os contra violações, embora, em muitos casos, ele próprio as cometa, desrespeitando a constituição.


Direitos humanos

     Muitas vezes ouvimos no dia a dia as pessoas falarem de direitos humanos. Na televisão em geral quando se falam dos “direitos humanos” é para criticar supostos benefícios. Outros logo abrem a boca para explanar “direitos humanos para humanos direitos”, como se só alguns pudessem ser merecedores de tais direitos. Para sair do senso comum, vejamos um pouco de como e porquê surgiu a ideia de direitos humanos.
    A ideia de direitos humanos surgiu após a segunda guerra mundial, diante das barbaridades e dos efeitos destrutivos produzidos pelo conflito (como a morte não apenas de militares, mas de milhares de civis, pessoas inocentes que morreram, tiveram suas casas e famílias destruídas sem nem mesmo saber o porquê). A Declaração Universal dos Direitos Humanos foi aprovada em 10 de dezembro de 1948 pela ONU (Organização das Nações Unidas), criada em 1945 com o objetivo de proporcionar o diálogo e impedir conflitos entre países por questões econômicas, políticas ou culturais. A declaração teve por base os direitos essenciais à vida e à liberdade e o reconhecimento da pluralidade como meio de combater ações discriminatórias.

    Uma série de tratados internacionais de direitos humanos e outros instrumentos adotados desde 1945 expandiram a legislação internacional sobre os direitos humanos, eles incluem  a Convenção para a Repressão do Crime de Genocídio (1948), a Convenção sobre os Direitos da Criança (1989), a Convenção sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência (2006), entre outras.
     Os direitos humanos são valores universais e inegociáveis, que visam o respeito mútuo em detrimento dos privilégios restritos a determinados grupos, por isso não devem ser pensados como benefícios particulares ou privilégios de grupos elitizados. Como sabemos, a simples declaração de um direito não faz necessariamente com que ele seja implementado na prática, mas abre espaço para sua reivindicação. Uma das características básicas dos direitos humanos é o fato de estabelecerem que a injustiça e a desigualdade são intoleráveis.

    É preciso perceber que os indivíduos não são apenas beneficiados no processo histórico de afirmação dos direitos humanos mas também autores responsáveis pela construção e reivindicação da expansão e garantia desses direitos. Todas as conquistas relacionadas aos direitos humanos são resultado de processos históricos, fruto das mobilizações e demandas da sociedade.

   Assim, as lutas por igualdade e  liberdade ampliaram os direitos políticos e abriram espaços de reivindicação para a criação dos direitos sociais, os direitos das chamadas “minorias” – mulheres, idosos, negros, homossexuais, jovens, crianças, indios. As lutas populares por participação política ampliaram os direitos civis: direito de opor-se à ditadura, à censura, à tirania, direito de fiscalizar o Estado (os governantes) por meio de associações, sindicatos ou partidos políticos, direito à informações sobre as decisões governamentais. Esse cenário porém, não é a realidade de muitos países, onde ainda o acesso aos direitos humanos é nulo ou limitado, inclusive no Brasil, apesar dos avanços, os direitos humanos ainda são frequentemente desrespeitados diariamente, na violência contra a mulher, contra as populações indígenas, contra as crianças, etc.

(Sociologia em Movimento, p. 177 e 178).




                                                          A História dos Direitos Humanos





1) Segundo o texto, o que define um cidadão?

2) Segundo o texto, quando e  porquê surgiu a ideia de direitos humanos?

3) Cite pelo menos 3 exemplos de direitos que todos os humanos deveriam ter garantidos:

4) Cite pelo menos um exemplo direito humano universal que não é respeitado em nosso país, nosso estado e em nossa cidade:

5)Sobre a conquista dos direitos o texto afirma que “todas as conquistas relacionadas aos direitos humanos são resultado de processos históricos, fruto das mobilizações e demandas da sociedade”. Em sua opinião, o que isso significa na prática?










Bons estudos. 

Abraços !!!

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